Nós trabalhadores/as da educação não vamos nos resignar!
Comunidade teixeirense, o momento é
de perdas de direitos em todo Brasil e no Sul e Extremo Sul da Bahia. Recentemente
em várias cidades do Extremo Sul, os Planos
de Carreira sofreram ataques impiedosos dos prefeitos orientados pela UPB – União dos Prefeitos do Brasil.
Nos municípios
de Alcobaça, Caravelas, Itanhém, Jequié e Mucuri os professores/as,
coordenadores/as e trabalhadores da educação básica, sofreram e ainda estão
sofrendo com os cortes.
No Município de
Teixeira de Freitas não tem sido diferente. O prefeito Temóteo Alves de Brito
(PSD), apoiado pela maioria dos vereadores, tem o propósito de retirar a
eleição de diretores/as das escolas da rede municipal e tentar
transformar as escolas em currais
eleitorais para que nas próximas eleições municipais eles sejam reeleitos.
Além do mais, não vem cumprindo outro direito, o pagamento do percentual do Piso Nacional.
APLB-Sindicato
entende que o momento é de mobilização, conscientização, resistência e luta,
para isso, convocamos a comunidade escolar e toda comunidade teixeirense para
que, no
dia 07 de setembro, se juntem ao Pelotão
em Defesa da Educação Pública Municipal para manifestar nossa força e
mandar o recado ao prefeito que a educação é a arma mais poderosa que você pode
usar para transformar o mundo. Esperamos que ele aprenda essa lição!
Juntos somos fortes e fortes somos imbatíveis!
“Na primeira noite eles
se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim
E não podemos dizer
nada
(...) Conhecendo nosso
medo,
Arranca-nos a voz da
garganta
E já não podemos dizer
nada”.
(Trecho do poema “No
Caminho Com Maiakóvski” de Eduardo Alves da Costa / década de 60)
➡Com base no Estatuto do Servidor e no Plano de Carreira a presente
instituição entrou com requerimento para o cumprimento do pagamento de 1% do
adicional por tempo de serviço para cada 1 (um) ano de efetivo exercício tendo
como limite 30%;
➡ Essa sentença facilita a vida do trabalhadores, pois não será mais
necessário dar entrada no RH para que 1% seja acrescido no salário, isto é,
esse pagamento será automático no mês que o servidor completar mais 1 ano de
efetivo exercício no cargo;
➡Em Sentença o juiz deu parecer favorável e que se cumpra o que determina
o Estatuto do Servidor Público e o Plano de Carreira do Magistério;
➡O Jurídico da APLB, na pessoa do Advogado Dr. Hilther Medeiros, recebe o
reconhecimento e parabéns pela competência e seriedade com que tem conduzido as
lutas da categoria e por essa importante conquista
➡Neste sentido APLB-Sindicato reafirma seu compromisso com a categoria de
continuar defendendo e lutando pelos direitos dos trabalhadores/as em educação
de forma a impedir retrocessos.
Juntos somos mais fortes!
Ninguém solta a mão de ninguém!
Diretoria da APLB-Sindicato/Delegacia do Extremo Sul
“Não
há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão
governados por aqueles que gostam” (Platão)
Imagem 1: No Município de Teixeira de Freitas existem rumores que o prefeito
Temóteo Brito (PSD), tem como objetivo acabar com as eleições de diretores nas escolas públicas. De acordo com a diretora da APLB-Sindicato, professora Brasília, apenas os políticos que visam usar a escola como "curral eleitoral", os diretores como cabo eleitoral, por fim, tentar fazer do ambiente educacional o espaço para o voto de "cabresto", se utilizariam de tal prática de acabar com as eleições para diretor/a na tentativa de se (re)eleger. "Esperamos que esse não seja um ponto da pauta do nosso atual prefeito.
A Gestão Democrática é uma conquista
histórica levantada pela APLB-Sindicato e visa garantir a participação de todos nos rumos que a escola pretende
tomar. Por meio dela, se estabelece metas, objetivos, e se constrói um Plano de
Gestão para se corrigir rotas e atingir as metas em um tempo determinado.
Presente na Constituição Federal (1988), em seu artigo 206, na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação - LDB (9394/96) nos artigos 14 e 15, no Plano
Nacional de Educação na Meta 19, na Constituição do Estado da Bahia no artigo
249. Ela se encontra presente também no Plano de Carreira do Magistério do Município de Teixeira de Freitas, em seu artigo 3º, inciso VI. Segundo
pesquisa da organização Victor Civita e publicada no site da revista Nova
Escola, a eleição é o processo mais utilizado em todo país para preencher as
vagas de diretor e vice-diretores das redes Municipais e Estaduais de educação.
Em Teixeira de Freitas (BA), essa também vem sendo, a maneira mais eficiente,
para não fazer das unidades escolares um local a serviço dos governantes. Essa foi
uma luta encampada pela APLB-Sindicato, juntamente com a Câmara de Vereadores
da época. Ambos também batalharam para a efetivação dos trabalhadores/as em
educação tendo como finalidade fortalecer os diretores/as para que eles não
devessem favor nenhum a políticos locais.
Vídeo 1: Bertolt Brecht - O analfabeto político.
"Era uma prática comum que durante o
período eleitoral o prefeito tivesse como "hábito" realizar uma reunião
convocando principalmente os contratados e uma parcela dos concursados para que
votassem e ainda participassem da campanha do candidato indicado pelo prefeito que em
alguns casos era o próprio ou vereadores de sua base aliada. Com a luta para que os trabalhadores em educação
fossem concursados e que os diretores das unidades fossem eleitos, esse voto de
cabresto, esse curral eleitoral, praticamente não existe mais na rede pública municipal,
também não é mais aceita entre os trabalhadores em educação. Não queremos que a
escola volte a ser um curral eleitoral com votos de cabresto. A gestão
democrática juntamente com as eleições garantem a possibilidade da efetiva
participação de toda a comunidade escolar"
- declarou a professora Brasília a nossa equipe de reportagem.
Imagem
2: Prática de tentar usar as escolas antes da efetivação dos servidores e das
eleições de diretores existia na rede e era usada por alguns políticos da
região.
Outro
dado que a pesquisa publicada no site do periódico da Nova Escola revela é "que
a eleição é a prática mais comum nos estados brasileiros para a seleção do
diretor escolar, mas faltam critérios que orientem esse processo” de acordo com
Verônica Fraidenraich.
Imagem 3: Zé do Burro é conduzido pelo político que puxa seu cabresto.
A frente vemos uma mulher que representa a soberania triste pela forma como o “povo”
é conduzido.
“O contexto acima, não é o
caso das cidades do Extremo Sul. Não foi tarefa fácil, mas com o tempo as
eleições passaram a ser prática incorporada a própria dinâmica da educação
municipal e da vida das escolas como um todo Entre os documentos que respaldam
esse ato temos o Plano de Carreira do Magistério, Lei nº 461/2008, artigo 3º e
o último Edital, nº 2489, das eleições de gestores da rede municipal publicado
no Diário Oficial do Município em 27 de junho de 2016. Aqui esses critérios
foram criados e fortalecidos pela APLB-Sindicato” – declarou a professora
Brasília.
Mapa 1 – demonstra como
tem sido realizado o acesso ao cargo de diretor no Brasil: as modalidades de
seleção de gestores em cada estado. Na rede Municipal em Teixeira de Freitas
(BA), tem ocorrido eleições. Além disso, o candidato deve ser concursado, ter
passado do estágio probatório (3 anos). Tendo ainda que apresentar para a
comunidade como um todo um “Plano de Ação” com metas e objetivos que visam a
melhoria da educação municipal.
Diferente de outros Estados e Municípios apresentados pela pesquisa da
Nova Escola, as eleições da rede municipal local apresenta uma série de
critérios dos quais destacaremos alguns.
Entre eles sobressai que o candidato precisa passar por um Curso de
Formação e Certificação; Além disso, deve ser do quadro de professores/as ou
coordenador/a efetivos. Caso esteja em estágio probatório não pode concorrer.
Junta-se a esses critérios, o fato de precisar estar há pelo menos 2 anos
trabalhando como professor/a e/ou coordenador/a na unidade em que pleita ocupar
o cargo. Caso o servidor esteja na condição de readaptado o próprio edital o exclui.
“Sabendo do poder da educação alguns
prefeitos vem tentando retirar essa conquista que se tornou o processo de eleição de diretores/as. Esses
políticos, que em alguns casos visam a reeleição, querem fazer da unidade
escolar um “curral eleitoral”. Como se isso, nos tempos de hoje fosse possível.
Em outros casos, querem usar o diretor como cabo eleitoral, orientando o “voto
de cabresto”. Todos que vem tentando se utilizar dessa estratégia não tem
conseguido se reeleger. Isso comprova que nossos professores/as e
coordenadores/as estão trabalhando para que ocorra dentro do espaço escolar uma
educação, crítica, cidadã, inclusiva e que não aceita uma época da República
Velha, em que o voto era comprado e trocado. Parece que os únicos que não
aprenderam a lição são os políticos que visam usar a escola como curral
eleitoral, mas essa prática tem se mostrado como um tiro no pé. Essa luta pela
eleição com critérios é uma das inúmeras vitorias encabeçadas pela
APLB-Sindicato, e que foi implantada em toda a rede. Portanto, não vamos deixar
que nenhum prefeito retire esse direito.” – declarou a professora Brasília a
nossa equipe de reportagem.
"O primeiro momento para
adquirir um conhecimento do qual se desconhece é tomar consciência de seu
desconhecimento"
Um
dos problemas que os educadores do século XXI estão enfrentando é a constante
transformação da educação. Essas mudanças muitas vezes estão relacionadas a
questões tecnológicas e do mundo do trabalho. Com isso, uma frase é
constantemente repetida, “tudo muda, menos a escola”. Mas a verdade é que a
educação tem passado por alterações significativas em várias áreas. E um dos
conceitos que tentam descrever essa nova condição do processo de ensino e
aprendizagem é o de competências e habilidades.
Alguns
dos problemas encontrados na categoria de competências
e habilidades é que para uma parcela
dos educadores ainda não está bem “claro” em que local se inicia uma e em que
momento começa a outra. Diante desse contexto, não são poucos os educadores que
acabam por confundir no momento de tentar definir o que são competências e o que são habilidades. É nesse contexto, que
precisamos entender que se não sabemos o que essas categorias querem expressar,
como vamos saber se no processo de ensino-aprendizagem nossos estudantes
realmente estão aprendendo? Se entendemos o processo de aprendizagem como uma
mudança de postura no aspecto “cotidiano” como saber se a escola está cumprindo
seu papel se não conseguimos identificar quais são as competências e habilidades
que os estudantes precisam adquirir ao longo da caminhada? É um problema muito
sério quando em cursos de formaçãocontinuada as palavras competências e
habilidades são utilizadas como se os trabalhadores/as em educação básica já
dominassem e tivessem internalizado em suas posturas dentro e fora da sala de
aula. Com medo de perguntar algo que para muitos é do senso comum[1]do
campo da educação, uma parcela dos coordenadores/as, professores/as continuam
sem saber identificar tais categorias.
Em
uma sociedade que cobra constantemente que o coordenador (a), professor/a
precisam saber e que o não saber é uma “falta grave”, apenas alguns educadores
como Paulo Freire, em sua obra Pedagogia do Oprimido, deram uma resposta “positiva” pelo
fato do coordenador (a), professor(a), não ter conhecimento de um determinado
conteúdo. Para Freire, ninguém sabe tudo e ninguém ignora tudo. Todos nós
sabemos algo e todos nós ignoramos algo. É na relação dos estudantes com o mundo
e com outros seres humanos que ele se constroem e se reconstrói. Ao mudar a
natureza que esta fora de si o “homem” e a “mulher” modifica a sua própria
natureza enquanto ser humano. Então, não saber o que são competências e habilidades
não pode ser um obstáculo para coordenadores/as professores/as, mas a APLB-Sindicato compreende esse momento
como uma possibilidade em que o não saber pode se tornar em saber. Em outras
palavras, o primeiro momento para adquirir um conhecimento do qual se
desconhece é tomar consciência de seu desconhecimento.
Foi
no contexto acima, que postamos no blog da APLB-Sindicato,
o texto escrito por Jorge Cascardo,
especialista em Neurociência e que elucida com muita propriedade as diferenças
e definições entre os dois termos. Com isso, acreditamos que após a leitura do "artigo", o coordenador(a), professor(a), possa identificar se os estudantes tem ou não competências e habilidades
dentro de um determinado contexto social. Esperamos contribuir para o
entendimento daquilo que compreendemos como processo de ensino aprendizagem, dessa forma o trabalhador em educação melhore ou ajude a melhorar a escola pública de nosso país. Fazendo das
palavras de Malcolm – X as nossas
defendemos que:
“A educação é o nosso passaporte para o futuro, pois, o amanhã
pertence as pessoas que se preparam hoje”
(Malcolm – X)
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES NO
ENSINO: O QUE SÃO E COMO APLICÁ-LAS?
Uma preocupação relevante hoje na
educação é como ensinar e como avaliar considerando as competências e
habilidades. Essa questão está sendo cada vez mais discutida, em um esforço
para que o processo de aprendizagem seja menos conteudista e mais focado no
desenvolvimento e preparação dos alunos para os desafios do mundo atual.
Nesse sentido, a Base Nacional ComumCurricular (BNCC), consiste um exemplo da preocupação em relação ao assunto porque
o documento é estruturado a partir das competências e habilidades que devem ser
desenvolvidas na educação básica. Além disso, o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), também é um exemplo da relevância de se pensar em um processo
pedagógico baseado em competências e habilidades. Isso porque o Exame tem como
orientadora uma Matriz de Referência com descritores das competências e
habilidades.
Normalmente, as discussões, as
orientações e os estudos sobre os dois termos são pautados pela preocupação de
suprir dificuldades e conhecimentos relacionados a essa Matriz. Isso é
extremamente relevante, mas é necessário pensar em competências e habilidades
para além dessa única orientação.
As definições dos dois termos já abrem
diversas indagações e dúvidas, mostrando que são temas que devem ser estudados
de forma contínua e constante para uma maior compreensão, para um maior
esclarecimento e para a utilização concreta do desenvolvimento de competências
e habilidades em todos os segmentos da educação. Uma leitura detalhada da Base
revela essa preocupação.
Para auxiliar nos estudos contínuos dos
temas, preparamos este artigo. Você vai ler sobre os conceitos de cada um
desses termos e por que eles devem ser considerados no contexto escolar.
O Dicionário Aurélio apresenta três
definições para Competência:
1.Faculdade
concedida por lei a um funcionário, juiz ou tribunal para apreciar e julgar
certos pleitos ou questões.
2.Qualidade
de quem é capaz de apreciar e resolver certo assunto, fazer determinada coisa;
capacidade, habilidade, aptidão, idoneidade.
3.Oposição,
conflito, luta.
Vamos nos ater à segunda, que é
pertinente à educação. Note que Competência é uma qualidade de apreciar e
resolver um problema, envolvendo a sua capacidade, habilidade, aptidão e
idoneidade. Indivíduos competentes, dentro das mais variadas atividades
profissionais, tendem a ser bem-sucedidos.
Na sociedade atual, as competências são
essenciais para que o indivíduo tenha sucesso em sua vida social e na carreira.
A forma de conduzir suas relações, responsabilidades e profissão são
determinadas por sua capacidade de a cada dia conviver e resolver as situações
cotidianas, cujos resultados são totalmente dependentes da forma com que os
seus problemas são solucionados. O mercado de trabalho necessita de pessoas
capazes de:
•tomar
decisões;
•liderar;
•resolver
conflitos;
•utilizar
conhecimentos adquiridos ao longo do processo acadêmico.
O professor Vasco Moretto, doutor em
didática pela Universidade Laval de Quebec, Canadá, destaca um ponto
fundamental em relação à Competência:
"Competência não se alcança,
desenvolve-se. Competência é fazer bem o que nos propomos a fazer"
De maneira resumida, podemos dizer que
as competências no contexto educacional dizem respeito à capacidade do aluno de
mobilizar recursos visando a abordar e resolver uma situação complexa.
Simplificando bem, é o aluno saber saber ou saber
conhecer.
O desempenho pode ser definido como um
indicador da competência, ou seja, serve para orientar professores e gestores
se os alunos estão desenvolvendo as competências. Entretanto, é importante ter
em mente que desempenho fraco não é, necessariamente, sinônimo de falta de
competência. Nesse caso, o desempenho fraco pode ser motivado por diferentes
fatores como, por exemplo, o cansaço físico e mental do aluno no momento da
avaliação e a quantidade de horas que dormiu ou deixou de dormir no dia
anterior à avaliação.
Assim, para avaliar se os alunos estão
desenvolvendo de fato as competências, é importante avaliar periodicamente seu
desempenho e realizar as intervenções pedagógicas sempre que necessário.
O QUE SÃO HABILIDADES?
Considerando um caso bem simples sobre
habilidades: um indivíduo nas séries iniciais vai aprender a ler e a escrever.
Quando ele domina esse processo, podemos falar que ele apresenta as habilidades
de ler e escrever. O importante é que com essas habilidades ele alcance a
compreensão de um texto a partir de sua leitura. Sendo assim, caso ele domine a
escrita e a leitura, mas não consiga compreender os textos, ele não será
competente para esse domínio.
A partir desse exemplo e da explicação
do conceito de competência no contexto educacional, podemos definir a
habilidade como a aplicação prática de uma determinada competência para
resolver uma situação complexa.
Simplificando bem, é o aluno saber fazer.
Veja abaixo quais são as habilidades
básicas necessárias para resolver um[a] situação complexa:
•Compreender
a situação complexa: Identificar variáveis endógenas e exógenas; relacionar
elementos relevantes; comparar com concepções prévias; etc;
•Planejar
a abordagem e solução: Visualizar possíveis métodos para solução; selecionar
estratégias e recursos que serão usados;
•Executar
o planejamento: Executar o planejado, com o foco no modelo pedagógico da
reflexão-na-ação;
•Analisar
criticamente a solução encontrada: Fazer a crítica da solução encontrada;
comparar com experiências anteriores; imaginar alternativas.
COMO RELACIONAR COMPETÊNCIAS E HABILIDADES?
Ainda segundo o professor Vasco Moretto, destaca-se
que:
"As habilidades estão associadas ao saber fazer: ação
física ou mental que indica a capacidade adquirida. Assim, identificar
variáveis, compreender fenômenos, relacionar informações, analisar
situações-problema, sintetizar, julgar, correlacionar e manipular são exemplos
de habilidades.
Já as competências são um conjunto de habilidades
harmonicamente desenvolvidas e que caracterizam por exemplo uma
função/profissão específica: ser arquiteto, médico ou professor de química. As
habilidades devem ser desenvolvidas na busca das competências"
Uma outra explicação para mostrar a
relação prática entrecompetências e habilidades pode ser feita a partir da
leitura de um gráfico. O leitor deve ter capacidade de observar as informações
contidas no mesmo, que serão associadas a conhecimentos desenvolvidos ao longo
do aprendizado, para que consiga ter uma compreensão que será utilizada para
solução de uma situação problema. Note que há conteúdos e habilidades
envolvidos, “informação e conhecimento”, para resolver o que foi proposto com
competência.
Em algumas situações, existe a
preocupação de que o ensino-aprendizagem por habilidades e competências possa
prejudicar o desenvolvimento dos conteúdos da disciplina. Esse raciocínio não
se aplica, já que a proposta é conseguir fazer com que o aluno tenha
competência para aprender.
É importante ressaltar que um aluno, ao desenvolver
competências e habilidades seguindo orientações de um educador, vai aprender a
usá-las de maneira adequada e conveniente.
Por exemplo: em uma aula de educação
física o aluno vai aprender as regras de um esporte e como fazer para
obedecê-las, para depois colocá-las em prática da maneira correta. Esse
comportamento de ser competente (saber saber), mas também ter habilidade (saber
fazer), deve ser desenvolvido em todas as áreas de conhecimento.
“APRENDER É CONSTRUIR
SIGNIFICADOS. ENSINAR É OPORTUNIZAR ESTA CONSTRUÇÃO.”
Por
que trabalhar por competências e habilidades na escola?
Nós vivemos hoje na era da tecnologia e da informação. Nunca se produziu e se consumiu tanto conteúdo na história da
humanidade, em todos os níveis e áreas da sociedade. Isso se deve à facilidade
que temos em acessar essas informações e conteúdos, principalmente depois do
surgimento e da expansão da internet.
Nesse cenário, a escola teve que (ou deve) mudar seu
posicionamento. Antes dessa revolução da informação em nossa sociedade, a
escola era tida como responsável pela disseminação de conteúdos. Isso já não
faz mais sentido, uma vez que os alunos têm acesso aos conteúdos independente
da escola, podendo ainda, visualizá-los e consumi-los na quantidade, velocidade
e momento que desejarem.
Portanto, a escola deve focar seu trabalho em
competências e habilidades para preparar o jovem para lidar com situações de
seu cotidiano e ser capaz de resolver problemas reais. Essa postura demonstra
ainda alinhamento com as tendências educacionais que enfatizam a importância de
colocar o aluno como protagonista, sendo um agente ativo em seu processo de
ensino e aprendizagem, por meio, por exemplo, de atividades educativas extraclasse.
Além desses pontos, não podemos deixar de mencionar
o fato de que as provas do ENEM e do Saeb são orientadas por Matrizes de Referências
com competências e habilidades, no primeiro caso, e competências, habilidades e
descritores, no segundo.
Dessa forma, as escolas que trabalham com a proposta
de ensinar os alunos a entender e solucionar os problemas a sua volta, além de
formar estudantes mais preparados para lidar com os desafios da vida, estarão
também preparando-os para ter um bom desempenho no ENEM.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) determina as
aprendizagens essenciais para a formação do aluno por meio de competências e
habilidades. Entenda melhor a estrutura da BNCC baixando o infográfico abaixo: