sexta-feira, 30 de agosto de 2019

APLB - Sindicato em Luta contra os ataques a Educação de Teixeira de Freitas


Nós trabalhadores/as da educação não vamos nos resignar!


Comunidade teixeirense, o momento é de perdas de direitos em todo Brasil e no Sul e Extremo Sul da Bahia. Recentemente em várias cidades do Extremo Sul, os Planos de Carreira sofreram ataques impiedosos dos prefeitos orientados pela UPB – União dos Prefeitos do Brasil.
Nos municípios de Alcobaça, Caravelas, Itanhém, Jequié e Mucuri os professores/as, coordenadores/as e trabalhadores da educação básica, sofreram e ainda estão sofrendo com os cortes.

No Município de Teixeira de Freitas não tem sido diferente. O prefeito Temóteo Alves de Brito (PSD), apoiado pela maioria dos vereadores, tem o propósito de retirar a eleição de diretores/as das escolas da rede municipal e tentar transformar as escolas em currais eleitorais para que nas próximas eleições municipais eles sejam reeleitos. Além do mais, não vem cumprindo outro direito, o pagamento do percentual do Piso Nacional.

APLB-Sindicato entende que o momento é de mobilização, conscientização, resistência e luta, para isso, convocamos a comunidade escolar e toda comunidade teixeirense para que, no dia 07 de setembro, se juntem ao Pelotão em Defesa da Educação Pública Municipal para manifestar nossa força e mandar o recado ao prefeito que a educação é a arma mais poderosa que você pode usar para transformar o mundo. Esperamos que ele aprenda essa lição!
Juntos somos fortes e fortes somos imbatíveis!

“Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim
E não podemos dizer nada
(...) Conhecendo nosso medo,
Arranca-nos a voz da garganta
E já não podemos dizer nada”.
 (Trecho do poema “No Caminho Com Maiakóvski” de Eduardo Alves da Costa / década de 60)

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Nota: APLB- Sindicato obtém vitória na justiça e resguarda direito dos trabalhadores (as)!


Dormientibus non succurrit jus


(O Direito não socorre aos que dormem

Imagem 1: Arquivo de internet. Créditos/Site: advogados associados

Com base no Estatuto do Servidor e no Plano de Carreira a presente instituição entrou com requerimento para o cumprimento do pagamento de 1% do adicional por tempo de serviço para cada 1 (um) ano de efetivo exercício tendo como limite 30%;
Essa sentença facilita a vida do trabalhadores, pois não será mais necessário dar entrada no RH para que 1% seja acrescido no salário, isto é, esse pagamento será automático no mês que o servidor completar mais 1 ano de efetivo exercício no cargo;
Em Sentença o juiz deu parecer favorável e que se cumpra o que determina o Estatuto do Servidor Público e o Plano de Carreira do Magistério;
O Jurídico da APLB, na pessoa do Advogado Dr. Hilther Medeiros, recebe o reconhecimento e parabéns pela competência e seriedade com que tem conduzido as lutas da categoria e por essa importante conquista
Neste sentido APLB-Sindicato reafirma seu compromisso com a categoria de continuar defendendo e lutando pelos direitos dos trabalhadores/as em educação de forma a impedir retrocessos.

Juntos somos mais fortes!

Ninguém solta a mão de ninguém! 

Diretoria da APLB-Sindicato/Delegacia do Extremo Sul


segunda-feira, 12 de agosto de 2019

APLB - Reportagem: Eleição de diretores é uma das formas mais eficazes para que políticos não transformem o espaço escolar em “curral eleitoral” ou espaço para “voto de cabresto”!

Por André Almeida
“Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados por aqueles que gostam” (Platão)
Imagem 1: No Município de Teixeira de Freitas existem rumores que o prefeito Temóteo Brito (PSD), tem como objetivo acabar com as eleições de diretores nas escolas públicas. De acordo com a diretora da APLB-Sindicato, professora Brasília, apenas os políticos que visam usar a escola como "curral eleitoral", os diretores como cabo eleitoral, por fim, tentar fazer do ambiente educacional o espaço para o voto de "cabresto", se utilizariam de tal prática de acabar com as eleições para diretor/a na tentativa de se (re)eleger. "Esperamos que esse não seja um ponto da pauta do nosso atual prefeito.  

        A Gestão Democrática é uma conquista histórica levantada pela APLB-Sindicato e visa garantir a participação de todos nos rumos que a escola pretende tomar. Por meio dela, se estabelece metas, objetivos, e se constrói um Plano de Gestão para se corrigir rotas e atingir as metas em um tempo determinado. Presente na Constituição Federal (1988), em seu artigo 206, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB (9394/96) nos artigos 14 e 15, no Plano Nacional de Educação na Meta 19, na Constituição do Estado da Bahia no artigo 249. Ela se encontra presente também no Plano de Carreira do Magistério do Município de Teixeira de Freitas, em seu artigo 3º, inciso VI.    
            Segundo pesquisa da organização Victor Civita e publicada no site da revista Nova Escola, a eleição é o processo mais utilizado em todo país para preencher as vagas de diretor e vice-diretores das redes Municipais e Estaduais de educação. Em Teixeira de Freitas (BA), essa também vem sendo, a maneira mais eficiente, para não fazer das unidades escolares um local a serviço dos governantes. Essa foi uma luta encampada pela APLB-Sindicato, juntamente com a Câmara de Vereadores da época. Ambos também batalharam para a efetivação dos trabalhadores/as em educação tendo como finalidade fortalecer os diretores/as para que eles não devessem favor nenhum a políticos locais. 
   
Vídeo 1: Bertolt Brecht - O analfabeto político.

"Era uma prática comum que durante o período eleitoral o prefeito tivesse como "hábito" realizar uma reunião convocando principalmente os contratados e uma parcela dos concursados para que votassem e ainda participassem da campanha do candidato indicado pelo prefeito que em alguns casos era o próprio ou vereadores de sua base aliada. Com a luta para que os trabalhadores em educação fossem concursados e que os diretores das unidades fossem eleitos, esse voto de cabresto, esse curral eleitoral, praticamente não existe mais na rede pública municipal, também não é mais aceita entre os trabalhadores em educação. Não queremos que a escola volte a ser um curral eleitoral com votos de cabresto. A gestão democrática juntamente com as eleições garantem a possibilidade da efetiva participação de toda a comunidade escolar" - declarou a professora Brasília a nossa equipe de reportagem.
Imagem 2: Prática de tentar usar as escolas antes da efetivação dos servidores e das eleições de diretores existia na rede e era usada por alguns políticos da região

Outro dado que a pesquisa publicada no site do periódico da Nova Escola revela é "que a eleição é a prática mais comum nos estados brasileiros para a seleção do diretor escolar, mas faltam critérios que orientem esse processo” de acordo com Verônica Fraidenraich.   
Imagem 3: Zé do Burro é conduzido pelo político que puxa seu cabresto. A frente vemos uma mulher que representa a soberania triste pela forma como o “povo” é conduzido. 
“O contexto acima, não é o caso das cidades do Extremo Sul. Não foi tarefa fácil, mas com o tempo as eleições passaram a ser prática incorporada a própria dinâmica da educação municipal e da vida das escolas como um todo Entre os documentos que respaldam esse ato temos o Plano de Carreira do Magistério, Lei nº 461/2008, artigo 3º e o último Edital, nº 2489, das eleições de gestores da rede municipal publicado no Diário Oficial do Município em 27 de junho de 2016. Aqui esses critérios foram criados e fortalecidos pela APLB-Sindicato” – declarou a professora Brasília. 
Mapa 1 – demonstra como tem sido realizado o acesso ao cargo de diretor no Brasil: as modalidades de seleção de gestores em cada estado. Na rede Municipal em Teixeira de Freitas (BA), tem ocorrido eleições. Além disso, o candidato deve ser concursado, ter passado do estágio probatório (3 anos). Tendo ainda que apresentar para a comunidade como um todo um “Plano de Ação” com metas e objetivos que visam a melhoria da educação municipal.   

Diferente de outros Estados e Municípios apresentados pela pesquisa da Nova Escola, as eleições da rede municipal local apresenta uma série de critérios dos quais destacaremos alguns. Entre eles sobressai que o candidato precisa passar por um Curso de Formação e Certificação; Além disso, deve ser do quadro de professores/as ou coordenador/a efetivos. Caso esteja em estágio probatório não pode concorrer. Junta-se a esses critérios, o fato de precisar estar há pelo menos 2 anos trabalhando como professor/a e/ou coordenador/a na unidade em que pleita ocupar o cargo. Caso o servidor esteja na condição de readaptado o próprio edital o exclui.
Vídeo 1: Gestão democrática da educação - Cleuza Repulho - Entrevista - Canal Futura

“Sabendo do poder da educação alguns prefeitos vem tentando retirar essa conquista que se tornou o processo de eleição de diretores/as. Esses políticos, que em alguns casos visam a reeleição, querem fazer da unidade escolar um “curral eleitoral”. Como se isso, nos tempos de hoje fosse possível. Em outros casos, querem usar o diretor como cabo eleitoral, orientando o “voto de cabresto”. Todos que vem tentando se utilizar dessa estratégia não tem conseguido se reeleger. Isso comprova que nossos professores/as e coordenadores/as estão trabalhando para que ocorra dentro do espaço escolar uma educação, crítica, cidadã, inclusiva e que não aceita uma época da República Velha, em que o voto era comprado e trocado. Parece que os únicos que não aprenderam a lição são os políticos que visam usar a escola como curral eleitoral, mas essa prática tem se mostrado como um tiro no pé. Essa luta pela eleição com critérios é uma das inúmeras vitorias encabeçadas pela APLB-Sindicato, e que foi implantada em toda a rede. Portanto, não vamos deixar que nenhum prefeito retire esse direito.” – declarou a professora Brasília a nossa equipe de reportagem.   

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

O que são competências e Habilidades? Como aplicá-las?



André Almeida

"O primeiro momento para adquirir um conhecimento do qual se desconhece é tomar consciência de seu desconhecimento"

        Um dos problemas que os educadores do século XXI estão enfrentando é a constante transformação da educação. Essas mudanças muitas vezes estão relacionadas a questões tecnológicas e do mundo do trabalho. Com isso, uma frase é constantemente repetida, “tudo muda, menos a escola”. Mas a verdade é que a educação tem passado por alterações significativas em várias áreas. E um dos conceitos que tentam descrever essa nova condição do processo de ensino e aprendizagem é o de competências e habilidades

        Alguns dos problemas encontrados na categoria de competências e habilidades é que para uma parcela dos educadores ainda não está bem “claro” em que local se inicia uma e em que momento começa a outra. Diante desse contexto, não são poucos os educadores que acabam por confundir no momento de tentar definir o que são competências e o que são habilidades. É nesse contexto, que precisamos entender que se não sabemos o que essas categorias querem expressar, como vamos saber se no processo de ensino-aprendizagem nossos estudantes realmente estão aprendendo? Se entendemos o processo de aprendizagem como uma mudança de postura no aspecto “cotidiano” como saber se a escola está cumprindo seu papel se não conseguimos identificar quais são as competências e habilidades que os estudantes precisam adquirir ao longo da caminhada? É um problema muito sério quando em cursos de formação continuada as palavras competências e habilidades são utilizadas como se os trabalhadores/as em educação básica já dominassem e tivessem internalizado em suas posturas dentro e fora da sala de aula. Com medo de perguntar algo que para muitos é do senso comum[1]do campo da educação, uma parcela dos coordenadores/as, professores/as continuam sem saber identificar tais categorias.
        Em uma sociedade que cobra constantemente que o coordenador (a), professor/a precisam saber e que o não saber é uma “falta grave”, apenas alguns educadores como Paulo Freire, em sua obra Pedagogia do Oprimido, deram uma resposta “positiva” pelo fato do coordenador (a), professor(a), não ter conhecimento de um determinado conteúdo. Para Freire, ninguém sabe tudo e ninguém ignora tudo. Todos nós sabemos algo e todos nós ignoramos algo. É na relação dos estudantes com o mundo e com outros seres humanos que ele se constroem e se reconstrói. Ao mudar a natureza que esta fora de si o “homem” e a “mulher” modifica a sua própria natureza enquanto ser humano. Então, não saber o que são competências e habilidades não pode ser um obstáculo para coordenadores/as professores/as, mas a APLB-Sindicato compreende esse momento como uma possibilidade em que o não saber pode se tornar em saber. Em outras palavras, o primeiro momento para adquirir um conhecimento do qual se desconhece é tomar consciência de seu desconhecimento.

        Foi no contexto acima, que postamos no blog da APLB-Sindicato, o texto escrito por Jorge Cascardo, especialista em Neurociência e que elucida com muita propriedade as diferenças e definições entre os dois termos. Com isso, acreditamos que após a leitura do "artigo", o coordenador(a), professor(a), possa identificar se os estudantes tem ou não competências e habilidades dentro de um determinado contexto social. Esperamos  contribuir para o entendimento daquilo que compreendemos como processo de ensino aprendizagem, dessa forma o trabalhador em educação melhore ou ajude a melhorar a escola pública de nosso país. Fazendo das palavras de Malcolm – X as nossas defendemos que:


“A educação é o nosso passaporte para o futuro, pois, o amanhã pertence as pessoas que se preparam hoje” 
(Malcolm – X)    

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES NO ENSINO: O QUE SÃO E COMO APLICÁ-LAS?

Uma preocupação relevante hoje na educação é como ensinar e como avaliar considerando as competências e habilidades. Essa questão está sendo cada vez mais discutida, em um esforço para que o processo de aprendizagem seja menos conteudista e mais focado no desenvolvimento e preparação dos alunos para os desafios do mundo atual.
Nesse sentido, a Base Nacional ComumCurricular (BNCC), consiste um exemplo da preocupação em relação ao assunto porque o documento é estruturado a partir das competências e habilidades que devem ser desenvolvidas na educação básica. Além disso, o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), também é um exemplo da relevância de se pensar em um processo pedagógico baseado em competências e habilidades. Isso porque o Exame tem como orientadora uma Matriz de Referência com descritores das competências e habilidades.

 


Normalmente, as discussões, as orientações e os estudos sobre os dois termos são pautados pela preocupação de suprir dificuldades e conhecimentos relacionados a essa Matriz. Isso é extremamente relevante, mas é necessário pensar em competências e habilidades para além dessa única orientação.
Mario Sergio Cortella responde: Qual a relação entre afetividade, vínculo e aprendizagem?
 
As definições dos dois termos já abrem diversas indagações e dúvidas, mostrando que são temas que devem ser estudados de forma contínua e constante para uma maior compreensão, para um maior esclarecimento e para a utilização concreta do desenvolvimento de competências e habilidades em todos os segmentos da educação. Uma leitura detalhada da Base revela essa preocupação.
Para auxiliar nos estudos contínuos dos temas, preparamos este artigo. Você vai ler sobre os conceitos de cada um desses termos e por que eles devem ser considerados no contexto escolar.
O QUE SÃO COMPETÊNCIAS?
O Dicionário Aurélio apresenta três definições para Competência:
1.      Faculdade concedida por lei a um funcionário, juiz ou tribunal para apreciar e julgar certos pleitos ou questões.
2.      Qualidade de quem é capaz de apreciar e resolver certo assunto, fazer determinada coisa; capacidade, habilidade, aptidão, idoneidade.
3.      Oposição, conflito, luta.
Vamos nos ater à segunda, que é pertinente à educação. Note que Competência é uma qualidade de apreciar e resolver um problema, envolvendo a sua capacidade, habilidade, aptidão e idoneidade. Indivíduos competentes, dentro das mais variadas atividades profissionais, tendem a ser bem-sucedidos.
Na sociedade atual, as competências são essenciais para que o indivíduo tenha sucesso em sua vida social e na carreira. A forma de conduzir suas relações, responsabilidades e profissão são determinadas por sua capacidade de a cada dia conviver e resolver as situações cotidianas, cujos resultados são totalmente dependentes da forma com que os seus problemas são solucionados. O mercado de trabalho necessita de pessoas capazes de:
        tomar decisões;
        liderar;
        resolver conflitos;
        utilizar conhecimentos adquiridos ao longo do processo acadêmico.
O professor Vasco Moretto, doutor em didática pela Universidade Laval de Quebec, Canadá, destaca um ponto fundamental em relação à Competência:

"Competência não se alcança, desenvolve-se. Competência é fazer bem o que nos propomos a fazer"


De maneira resumida, podemos dizer que as competências no contexto educacional dizem respeito à capacidade do aluno de mobilizar recursos visando a abordar e resolver uma situação complexa.
Simplificando bem, é o aluno saber saber ou saber conhecer.
COMPETÊNCIA VERSUS DESEMPENHO

A confusão feita entre as definições de competência e desempenho acaba gerando problemas no processo de ensino e aprendizagem.
O desempenho pode ser definido como um indicador da competência, ou seja, serve para orientar professores e gestores se os alunos estão desenvolvendo as competências. Entretanto, é importante ter em mente que desempenho fraco não é, necessariamente, sinônimo de falta de competência. Nesse caso, o desempenho fraco pode ser motivado por diferentes fatores como, por exemplo, o cansaço físico e mental do aluno no momento da avaliação e a quantidade de horas que dormiu ou deixou de dormir no dia anterior à avaliação.
Assim, para avaliar se os alunos estão desenvolvendo de fato as competências, é importante avaliar periodicamente seu desempenho e realizar as intervenções pedagógicas sempre que necessário.

O QUE SÃO HABILIDADES?

Considerando um caso bem simples sobre habilidades: um indivíduo nas séries iniciais vai aprender a ler e a escrever. Quando ele domina esse processo, podemos falar que ele apresenta as habilidades de ler e escrever. O importante é que com essas habilidades ele alcance a compreensão de um texto a partir de sua leitura. Sendo assim, caso ele domine a escrita e a leitura, mas não consiga compreender os textos, ele não será competente para esse domínio.
A partir desse exemplo e da explicação do conceito de competência no contexto educacional, podemos definir a habilidade como a aplicação prática de uma determinada competência para resolver uma situação complexa.
Simplificando bem, é o aluno saber fazer.
Veja abaixo quais são as habilidades básicas necessárias para resolver um[a] situação complexa:
        Compreender a situação complexa: Identificar variáveis endógenas e exógenas; relacionar elementos relevantes; comparar com concepções prévias; etc;
        Planejar a abordagem e solução: Visualizar possíveis métodos para solução; selecionar estratégias e recursos que serão usados;
        Executar o planejamento: Executar o planejado, com o foco no modelo pedagógico da reflexão-na-ação;
        Analisar criticamente a solução encontrada: Fazer a crítica da solução encontrada; comparar com experiências anteriores; imaginar alternativas.
COMO RELACIONAR COMPETÊNCIAS E HABILIDADES?
          Ainda segundo o professor Vasco Moretto, destaca-se que:
"As habilidades estão associadas ao saber fazer: ação física ou mental que indica a capacidade adquirida. Assim, identificar variáveis, compreender fenômenos, relacionar informações, analisar situações-problema, sintetizar, julgar, correlacionar e manipular são exemplos de habilidades.

Já as competências são um conjunto de habilidades harmonicamente desenvolvidas e que caracterizam por exemplo uma função/profissão específica: ser arquiteto, médico ou professor de química. As habilidades devem ser desenvolvidas na busca das competências"


Uma outra explicação para mostrar a relação prática entre competências e habilidades pode ser feita a partir da leitura de um gráfico. O leitor deve ter capacidade de observar as informações contidas no mesmo, que serão associadas a conhecimentos desenvolvidos ao longo do aprendizado, para que consiga ter uma compreensão que será utilizada para solução de uma situação problema. Note que há conteúdos e habilidades envolvidos, “informação e conhecimento”, para resolver o que foi proposto com competência.
Em algumas situações, existe a preocupação de que o ensino-aprendizagem por habilidades e competências possa prejudicar o desenvolvimento dos conteúdos da disciplina. Esse raciocínio não se aplica, já que a proposta é conseguir fazer com que o aluno tenha competência para aprender.
Sendo assim, é necessário que, junto com os conteúdos, sejam criadas situações para o desenvolvimento de habilidades.
É importante ressaltar que um aluno, ao desenvolver competências e habilidades seguindo orientações de um educador, vai aprender a usá-las de maneira adequada e conveniente.
Por exemplo: em uma aula de educação física o aluno vai aprender as regras de um esporte e como fazer para obedecê-las, para depois colocá-las em prática da maneira correta. Esse comportamento de ser competente (saber saber), mas também ter habilidade (saber fazer), deve ser desenvolvido em todas as áreas de conhecimento.
“APRENDER É CONSTRUIR SIGNIFICADOS. ENSINAR É OPORTUNIZAR ESTA CONSTRUÇÃO.”

Por que trabalhar por competências e habilidades na escola?
      Nós vivemos hoje na era da tecnologia e da informação. Nunca se produziu e se consumiu tanto conteúdo na história da humanidade, em todos os níveis e áreas da sociedade. Isso se deve à facilidade que temos em acessar essas informações e conteúdos, principalmente depois do surgimento e da expansão da internet.
       Nesse cenário, a escola teve que (ou deve) mudar seu posicionamento. Antes dessa revolução da informação em nossa sociedade, a escola era tida como responsável pela disseminação de conteúdos. Isso já não faz mais sentido, uma vez que os alunos têm acesso aos conteúdos independente da escola, podendo ainda, visualizá-los e consumi-los na quantidade, velocidade e momento que desejarem.
        Portanto, a escola deve focar seu trabalho em competências e habilidades para preparar o jovem para lidar com situações de seu cotidiano e ser capaz de resolver problemas reais. Essa postura demonstra ainda alinhamento com as tendências educacionais que enfatizam a importância de colocar o aluno como protagonista, sendo um agente ativo em seu processo de ensino e aprendizagem, por meio, por exemplo, de atividades educativas extraclasse.
         Além desses pontos, não podemos deixar de mencionar o fato de que as provas do ENEM e do Saeb são orientadas por Matrizes de Referências com competências e habilidades, no primeiro caso, e competências, habilidades e descritores, no segundo.
        Dessa forma, as escolas que trabalham com a proposta de ensinar os alunos a entender e solucionar os problemas a sua volta, além de formar estudantes mais preparados para lidar com os desafios da vida, estarão também preparando-os para ter um bom desempenho no ENEM.
     A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) determina as aprendizagens essenciais para a formação do aluno por meio de competências e habilidades. Entenda melhor a estrutura da BNCC baixando o infográfico abaixo:
A seguir Link para o documento da BNCC: Como o documento da BNCC é estruturado? Como cada ciclo é organizado?
 Site do MEC sobre BNCC/Link a seguir:  
1) Base Nacional Comum Curricular - BNCC
2) BNCC - Base Nacional Comum Currícular  

Quero saber mais? Click no link abaixo:
 
Curso ofertado pela revista Nova Escola sobre Competências e habilidades. link para o curso: Conhecendo as 10 competências.
 Para saber mais o site da revista Nova Escola sobre a BNCC. Link para as matérias do site: Competências Gerais

[1] Senso comum: no sentido usado no texto se refere a um conhecimento do conhecimento de todos/as de a uma determinada área de conhecimento ou campo.

CARTA DOS (AS) PROFESSORES (AS) DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AO POVO DE TEIXEIRA DE FREITAS

  CARTA DOS (AS) PROFESSORES (AS) DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AO POVO DE TEIXEIRA DE FREITAS   O prefeito Marcelo Belitardo (DEM...