terça-feira, 9 de junho de 2020

APLB-Sindicato/Prado: Prefeita Mayra Brito tenta dar golpe nos trabalhadores da educação nos 60% do FUNDEB



APLB-Sindicato/Prado: Prefeita Mayra Brito tenta dar golpe nos trabalhadores da educação nos 60% do FUNDEB

NOTA DE REPÚDIO

Na dia 05 de junho os trabalhadores da educação do Prado-Bahia foram surpreendidos com a impostura da prefeita Prefeita Mayra Brito (PP), publicou no Diário Oficial do Município o Decreto-Lei nº 89/2020 (05/06) que tenta se apropriar dos 60% dos recursos do precatório do antigo FUNDEF (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério). A gestora alega que os 40% não foram suficientes na aplicação de reformas e construção de escolas.
 
Presente em três prefeituras diferentes, mas com as mesmas práticas a família Brito é conhecida pela prática de retirada de direitos dos trabalhadores da educação. Na esquerda, o prefeito de Teixeira de Freitas, Temóteo Brito. No centro o prefeito de Alcobaça, Léo Brito. A direita a prefeita do Prado, Mayra Brito.   

A prefeita Mayra Brito, por meio de mídias sociais e conversa com o sindicato de professores, deixou veementemente claro que faria o rateio do recurso do FUNDEF aos profissionais do Magistério (2019), meses depois, tomou outra medida e revelou aos profissionais que iria resguardar os 60% até que o STF (Supremo Tribunal Federal) julgasse a destinação da aplicação deste recurso e se fosse para pagar aos profissionais do Magistério assim faria.
Prefeita Mayra Brito (PP) tenta usar momento de isolamento para dar golpe nos educadores do Prado.

Na tarde desta sexta-feira (05/) ao trabalhadores em educação foram surpreendidos pelo Decreto-Lei. Nele a prefeita descumpre o acordo feito com a classe trabalhadora. Sem paciência de esperar a decisão do STF e com ganância para gastar um valor considerável em menos de sete meses, tendo em vista que estamos em ano eleitoral, a gestora trai os educadores.
A prefeita se aproveitando do momento de pandemia em que os casos de contágio por covid-19 vem crescendo tenta passar projetos que retiram os direitos da categoria. Sobre isso a direção da APLB-Sindicato lançou uma nota de repudio em que é possível ler o seguinte trecho:
As nossas atenções (dos profissionais da educação) estão voltadas para um cenário nunca vivido antes. Preocupados com nossa sala de aula, e, principalmente, com a aprendizagem de nossos alunos estamos nos reinventando para que o ano letivo de 2020 continue. Assim tivemos que buscar novas formas de planejar, de desenvolver estratégias de ensino e avaliação. E mais... Utilizamos equipamentos pessoais, como máscaras, protetores, celulares e notebooks no desenvolvimento das aulas remotas. Nós professores demos o máximo de nós, e continuaremos exercendo nossas funções para que as atividades cheguem com equidade a todos os estudantes. E a prefeita abusa de um momento vulnerável que estamos vivendo, em que nossas cabeças estão voltadas para o chão da escola, e de forma unilateral e covarde ataca os profissionais da educação. Não há mais diálogo! É a truculência que impera e o ABUSO DE PODER! (Nota de repúdio)
Trecho do documento em que a prefeita Mayra Brito (PP) tenta dar o golpe nos trabalhadores em educação. Mesmo com 40% destinado a gestão municipal a prefeita ainda quer tomar posse dos 60% destinado aos educadores. 

A melhoria educacional passa pela valorização profissional, cujos marcos legais garantem, desde a Constituição Federal (1988), a LDB (1996), e a Lei do Piso em 2008, salários e condições de trabalhos dignas como um dos pilares para a qualidade da educação. Não é retirando direitos, sacrificando a carreira, que chegaremos à melhoria da educação. Ao contrário, medidas como as pretendidas por esse governo vão na contramão do que é necessário para termos uma cidade com cidadãos críticos, participativos, éticos e que tenham empatia (nota de repúdio)

O pagamento estimado em R$ 17.291, 434, 86 (dezessete milhões, duzentos e noventa e um mil, quatrocentos e trinta e quatro reais e oitenta e seis centavos) dos precatórios aos professores impactaria diretamente na economia do município alavancado o crescimento dos comércios e trazendo benefícios como a geração de emprego e renda.

A nossa tese pauta-se que é lícito o pagamento dos 60% aos professores e essa garantia de direitos tem sido reconhecida pela Justiça por todo o estado como também em Pernambuco. A ação já foi vitoriosa nas cidades de Juazeiro do Norte, Itaiçaba, Forquilha e Paracuru e recentemente em Ouricuri-PE, onde 100% do precatório foi para a Educação, reservando 60% para a remuneração dos profissionais do magistério.

REPÚDIO TOTAL ao ato da prefeita! ABAIXO O ABUSO DE PODER!!! Solicitamos apoio dos onze vereadores de nosso município e que o governo cesse qualquer medida que venha a retirar direitos historicamente conquistados pela categoria e que espere a decisão do STF.
Prado, 06 de junho de 2020

ASSINADO PELOS PROFESSORES DO MUNICÍPIO

Anexo:


CARTA DOS (AS) PROFESSORES (AS) DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AO POVO DE TEIXEIRA DE FREITAS

  CARTA DOS (AS) PROFESSORES (AS) DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AO POVO DE TEIXEIRA DE FREITAS   O prefeito Marcelo Belitardo (DEM...