APLB-Sindicato/Prado: Prefeita Mayra Brito tenta dar golpe nos
trabalhadores da educação nos 60% do FUNDEB
NOTA DE REPÚDIO
Na
dia 05 de junho os trabalhadores da educação do Prado-Bahia foram surpreendidos
com a impostura da prefeita Prefeita Mayra Brito (PP), publicou no Diário
Oficial do Município o Decreto-Lei nº 89/2020 (05/06) que tenta se apropriar
dos 60% dos recursos do precatório do antigo FUNDEF (Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério). A
gestora alega que os 40% não foram suficientes na aplicação de reformas e
construção de escolas.
Presente em três prefeituras diferentes, mas com as mesmas práticas a família Brito é conhecida pela prática de retirada de direitos dos trabalhadores da educação. Na esquerda, o prefeito de Teixeira de Freitas, Temóteo Brito. No centro o prefeito de Alcobaça, Léo Brito. A direita a prefeita do Prado, Mayra Brito.
A
prefeita Mayra Brito, por meio de mídias sociais e conversa com o sindicato de
professores, deixou veementemente claro que faria o rateio do recurso do FUNDEF
aos profissionais do Magistério (2019), meses depois, tomou outra medida e
revelou aos profissionais que iria resguardar os 60% até que o STF (Supremo
Tribunal Federal) julgasse a destinação da aplicação deste recurso e se fosse
para pagar aos profissionais do Magistério assim faria.
Prefeita Mayra Brito (PP) tenta usar momento de isolamento para dar golpe nos educadores do Prado.
Prefeita Mayra Brito (PP) tenta usar momento de isolamento para dar golpe nos educadores do Prado.
Na
tarde desta sexta-feira (05/) ao trabalhadores em educação foram surpreendidos
pelo Decreto-Lei. Nele a prefeita descumpre o acordo feito com a classe
trabalhadora. Sem paciência de esperar a decisão do STF e com ganância para
gastar um valor considerável em menos de sete meses, tendo em vista que estamos
em ano eleitoral, a gestora trai os educadores.
A
prefeita se aproveitando do momento de pandemia em que os casos de contágio por
covid-19 vem crescendo tenta passar projetos que retiram os direitos da
categoria. Sobre isso a direção da APLB-Sindicato lançou uma nota de repudio em
que é possível ler o seguinte trecho:
As nossas atenções (dos profissionais da educação) estão voltadas
para um cenário nunca vivido antes. Preocupados com nossa sala de aula, e,
principalmente, com a aprendizagem de nossos alunos estamos nos reinventando
para que o ano letivo de 2020 continue. Assim tivemos que buscar novas formas
de planejar, de desenvolver estratégias de ensino e avaliação. E mais...
Utilizamos equipamentos pessoais, como máscaras, protetores, celulares e
notebooks no desenvolvimento das aulas remotas. Nós professores demos o máximo
de nós, e continuaremos exercendo nossas funções para que as atividades cheguem
com equidade a todos os estudantes. E a prefeita abusa de um momento vulnerável
que estamos vivendo, em que nossas cabeças estão voltadas para o chão da
escola, e de forma unilateral e covarde ataca os profissionais da educação. Não
há mais diálogo! É a truculência que impera e o ABUSO DE PODER! (Nota de
repúdio)
Trecho do documento
em que a prefeita Mayra Brito (PP) tenta dar o golpe nos trabalhadores em
educação. Mesmo com 40% destinado a gestão municipal a prefeita ainda quer
tomar posse dos 60% destinado aos educadores.
A
melhoria educacional passa pela valorização profissional, cujos marcos legais
garantem, desde a Constituição Federal (1988), a LDB (1996), e a Lei do Piso em
2008, salários e condições de trabalhos dignas como um dos pilares para a
qualidade da educação. Não é retirando
direitos, sacrificando a carreira, que chegaremos à melhoria da educação. Ao
contrário, medidas como as pretendidas por esse governo vão na contramão do que
é necessário para termos uma cidade com cidadãos críticos, participativos,
éticos e que tenham empatia (nota de repúdio)
O
pagamento estimado em R$ 17.291, 434, 86 (dezessete milhões, duzentos e noventa
e um mil, quatrocentos e trinta e quatro reais e oitenta e seis centavos) dos
precatórios aos professores impactaria diretamente na economia do município
alavancado o crescimento dos comércios e trazendo benefícios como a geração de
emprego e renda.
A nossa tese pauta-se que é lícito o pagamento dos 60% aos
professores e essa garantia de direitos tem sido reconhecida pela Justiça por
todo o estado como também em Pernambuco. A ação já foi vitoriosa nas cidades de
Juazeiro do Norte, Itaiçaba, Forquilha e Paracuru e recentemente em Ouricuri-PE,
onde 100% do precatório foi para a Educação, reservando 60% para a remuneração
dos profissionais do magistério.
REPÚDIO TOTAL ao
ato da prefeita! ABAIXO O ABUSO DE PODER!!! Solicitamos apoio dos onze
vereadores de nosso município e que o governo cesse qualquer medida que venha a
retirar direitos historicamente conquistados pela categoria e que espere a
decisão do STF.
Prado, 06 de
junho de 2020