sexta-feira, 20 de março de 2020

Projeto Neoliberal de retirada de direitos dos trabalhadores/as é reforçado pelo governo Federal tendo como justificativa o COVID 19

Fonte: CNTE/Adaptação André Almeida

Imagem 1: Diante da crise sanitarista governo aproveita o momento para passar pacote da maldade. São 38 milhões de autônomos  que podem receber os míseros R$ 200.00 (duzentos reais) por mês.

O Brasil, tardiamente, tenta se preparar para conter a maior pandemia viral da era contemporânea. E o despreparo e a irresponsabilidade do Presidente da República são empecilhos para estarmos à frente com medidas que poderiam amenizar o sofrimento de nosso povo, tanto na área da saúde como na economia.

Paradoxalmente, as (des)medidas anunciadas pelo governo, através do ministro da Economia, Paulo Guedes, tendem a agravar a crise das famílias nesse momento tão difícil. O voucher para ajudar pessoas desempregadas ou sem estabilidade no emprego – vítimas da reforma trabalhista, que ampliou as contratações sem vínculos empregatícios – deverá ser de inacreditáveis R$ 200,00 por mês (isso se realmente chegar a quem precisa!). E uma das primeiras consequências do Estado de Calamidade requerido pelo governo federal, que o Congresso analisa nesse momento, refere-se à possibilidade de reduzir à metade os salários dos empregados brasileiros. Também tramita no Congresso a PEC emergencial 186/19, que autoriza os governos das três esferas a cortar 25% dos vencimentos de servidores públicos. E todo esse pacote de maldade poderá ganhar fôlego num momento de grave crise, quando o correto seria o governo requerer imediatamente a revogação da EC 95, a fim de priorizar os gastos sociais.
Para o presidente Jair Bolsonaro o coronavírus está sendo superdimensionado, talvez até por questões econômicas. 

Na área da educação, a depender do nível de alastramento do coronavírus, as aulas poderão ser retomadas somente no segundo semestre. É que a OMS e o Ministério da Saúde estimam entre 20 e 40 semanas, após iniciado o surto epidêmico, o prazo para o fim dos contágios. E o Brasil ainda não atingiu o ápice do COVID-19, porém, atingirá! Em algumas regiões dos Estados Unidos o surto viral ocorrerá em maio! Infelizmente, em nosso país, não dispomos de previsões (e provisões) confiáveis. Mas as estimativas indicam entre Abril e maio o período de surto.
Depois de descumprir recomendações do Ministério da Saúde, o presidente Jair Bolsonaro voltou a minimizar, nesta segunda-feira (16), a pandemia do novo coronavírus. Bolsonaro foi criticado pelos presidente da Câmara dos Deputados e do Senado.

Caso as estimativas acima se concretizem, provavelmente as aulas e outras atividades no Brasil deverão ser retomadas entre Agosto e Setembro. E isso comprometerá totalmente o calendário escolar. Nesse sentido, já tramita no Congresso o PL 680/2020, que flexibiliza os 200 dias letivos previstos na LDB, mas essa medida poderá ser insuficiente.
Coronavírus: cidade na Itália não tem mais espaço para enterrar vítimas

Nesse contexto de crise sanitária e econômica, os sindicatos da educação terão como pauta prioritária assegurar a continuidade dos contratos temporários de professores e demais trabalhadores escolares, para que essas pessoas não deixem de receber seus salários no momento que mais precisam. Outra ação consiste em impedir as medidas econômicas que visam reduzir salários à metade para os empregados regidos pela CLT e em ¼ (um quarto) para os servidores públicos efetivos.
Os idosos vão morrer? Marcos Mion falando sobre o Corona vírus no Brasil

Em relação à possibilidade de os gestores compensarem os dias de paralisação forçosa com os recessos e as férias dos trabalhadores em educação, esse assunto dependerá do prazo efetivo de suspensão das aulas em cada região. O recomendável consiste em manter o direito às férias, podendo, no máximo, reduzir ou compensar os recessos. Contudo, em razão da imprevisibilidade do período de paralisação das escolas, a recomendação da CNTE consiste em adiar esse debate, não devendo o mesmo sobrepor as demais pautas que necessitam de intervenção imediata.

Presidente Bolsonaro muda discurso e defende que situação é grave. 

Outra pauta urgente diz respeito à limitação de trabalhadores nas escolas, uma vez que as aulas deverão ser totalmente suspensas e as famílias em situação de vulnerabilidade deverão receber auxílio governamental em suas residências. O mais prudente é manter apenas equipes de segurança nas escolas, em períodos de revezamento, para preservar a saúde de todos/as.

Aproveitamos a oportunidade para conclamar a comunidade escolar e a sociedade em geral para se unirem contra a propagação do coronavírus e contra as (des)medidas do governo Bolsonaro que insiste em massacrar o povo, mesmo em momentos de crise sanitária, econômica e com altos níveis de desemprego.
Diante da crise sanitarista governo Federal pode tentar diminuir salário dos trabalhadores/as da iniciativa privada em 50% 

Vamos manter o isolamento necessário em nossas residências, porém vigilantes e acumulando novos aliados contra esse governo inepto e que já alcança taxas recordes de descrédito em todos os setores da sociedade.

Brasília, 19 de março de 2020

Diretoria da CNTE

segunda-feira, 16 de março de 2020

Enchente atinge a Escola Municipal São Geraldo


Imagem 1: Pátio da Escola Municipal São Geraldo no bairro Tancredo Neves. Mesmo com tempestade, professores e alunos permanecem em sala de aula.
Na quinta-feira (05/03), a nossa equipe de reportagem recebeu um vídeo que estava sendo divulgado nas redes sociais. O conteúdo foi produzido pelo pai de um aluno e as imagens são chocantes, pois se trata de uma enchente que aconteceu na Escola Municipal São Geraldo, localizada no bairro Tancredo Neves e que atende 941 alunos e funciona os três turnos (manhã, tarde e noite) nos segmentos Fundamental I e II. 


O conteúdo do vídeo chocou a comunidade teixeirense. Nele o pátio da unidade aparece totalmente alagado. A enchente foi tão grande que a água da chuva não tendo para onde escorrer ocupou os espaços que dão acesso às salas de aula, direção e secretaria. Nas imagens ainda é possível escutar a voz do pai que não foi identificado dizendo, “isso é uma escola né. Essa escola aqui acabou de ser reformada. São Geraldo aqui no Tancredo Neves, telhado trocado vazando tudo. Bonito para o prefeito Temóteo que reformou a escola. Muito bonito”.
Imagem 2: Pais e responsáveis reclamam que escola que foi reformada ainda sofre com chuvas.   
Ainda é possível observar que a enchente ocorreu em pleno momento de aula, pois aparecem professores e alunos que se encontravam nas salas de aulas. O nos supreendeu é que a unidade passou recentenmente por uma reforma que custou aos cofre públicos R$ 245.411, 01 (duzentos e quarenta e cinco mil, quatrocentos e onze reais e um centavo). 

Imagem 3: Com uma reforma no valor R$ 245.411, 01 (duzentos e quarenta e cinco mil, quatrocentos e onze reais e um centavo) a foto acima demonstra os benefícios e qualidade do serviço prestado com o dinheiro do/a trabalhador/a teixeirense.   


Nossa equipe de reportagem entrou em contato com o Secretário Municipal de Educação João Carlos Vieira da Silva para saber quais medidas que serão tomadas para sanar o problema. De acordo com a resposta obtida pela nossa equipe de reportagem, via telefone, o secretário de educação visitou a unidade na sexta-feira (06/03) com especialistas da área para resolver o problema, mas ainda não foi divulgado um prazo para as obras de resolução dos problemas, aqui, apresentados.

CARTA DOS (AS) PROFESSORES (AS) DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AO POVO DE TEIXEIRA DE FREITAS

  CARTA DOS (AS) PROFESSORES (AS) DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AO POVO DE TEIXEIRA DE FREITAS   O prefeito Marcelo Belitardo (DEM...