Foto 1: O prefeito Marcelo Belitardo (DEM) e a Secretária de
Educação e Cultura Regiane Chuaith Miranda em visita a escola da rede pública municipal
em Teixeira de Freitas.
Na noite de quinta - feira (30/07) a APLB-Sindicato de Teixeira de Freitas realizou uma assembleia virtual para tratar do retorno das aulas semipresenciais.
A reunião dos trabalhadores em educação ocorreu depois que o prefeito Marcelo Belitardo (DEM) e a Secretária de Educação e Cultura Regiane Chuaith Miranda publicarem no Diário Oficial do Município o Decreto 793.2021, que trata do “retorno às aulas de forma híbrida (presencial e não presencial) nas escolas públicas e privadas do município de Teixeira de Freitas”.
A decisão foi tomada sem consultar a categoria dos profissionais em educação. Além disso, nos protocolos emitidos pela secretária Regiane era defendido que o retorno ocorreria de forma escalonada, ou seja, inicialmente apenas 05 escolas que oferecem a modalidade da Educação de Jovens e Adultos. E essas passariam por reformas e adequações. Além disso, a diretoria da APLB - Sindicato defendia que todos os trabalhadores deveriam estar obrigatoriamente vacinados com a 2ª dose.
Vídeo 1: No vídeo divulgado pela emissora SulBahiaNew em parceria com a TV Câmara com data de 22 de julho de 2021 a secretária Regiane Chuaith diz a sociedade que não tem a data exata para o retorno das aulas semipresenciais. Podemos notar que foram excluídos da reunião de retorno as partes mais interessadas. Entre elas, a APLB-Sindicato, como representantes dos professores, os coordenadores pedagógicos, os professores e até mesmo membros do Conselho Municipal de Educação.
A visita nas escolas pela direção da APLB-Sindicato constatou que das 15 unidades apenas 4 tinham condições estruturais para funcionarem. Além disso, os trabalhadores em educação não estavam todos imunizados. Diante disso, foi comunicado da urgência do cumprimento dessas questões.
Foto2: Resultado da assembleia virtual. A maioria dos professores (97,6%) decidiram que seja cumprido o Decreto de retorno as aulas semipresenciais quando os trabalhadores estiverem imunizados e as condições estruturais de biossegurança sejam cumpridas.
Foi diante do contexto acima que o prefeito de forma unilateral, ou seja, sem comunicar o sindicato dos professores e nem mesmo a categoria ou a comunidade teixeirense emitiu o retorno de todos os trabalhadores da rede.
Na assembleia que ocorreu de forma virtual para cumprir os protocolos de segurança na quinta-feira (29/07) os professores votaram na seguinte proposta, você é a favor que os professores só cumpram o decreto quando estiverem imunizados e com as condições estruturais de biossegurança garantidas nas escolas?”. O resultado da votação expressiva foi de 97%,6% para continuar trabalhando remotamente contra 2,4% que aceitam o retorno no local de trabalho.
“Não vamos aceitar que os principais responsáveis pela educação do Município de Teixeira de Freitas não sejam ouvidos. Os estudantes, a comunidade no entorno da escola, os professores, os auxiliares administrativos, os auxiliares de serviços gerais, os coordenadores, o sindicato são os que fazem a educação no chão da escola. Essa postura de impor o retorno sem estrutura e a 2ª dose da vacina é desrespeitosa com todos esses grupos e com toda uma categoria. Não paramos de trabalhar virtualmente, mas para fazer isso presencialmente é preciso que o governo cumpra a sua parte” - declarou a professora Brasília a nossa equipe de reportagem.