sábado, 31 de julho de 2021

Professores da rede pública Municipal votam em assembleia que o retorno presencial às escolas só com a 2ª dose da vacina e o município cumprir os protocolos de biossegurança

“Eles combinaram de nos matar. E nós combinamos de não morrer.”
(Conceição Evaristo)

Foto 1: O prefeito Marcelo Belitardo (DEM) e a Secretária de Educação e Cultura Regiane Chuaith Miranda em visita a escola da rede pública municipal em Teixeira de Freitas.

Na noite de quinta - feira (30/07) a APLB-Sindicato  de Teixeira de Freitas realizou uma assembleia virtual  para tratar do retorno das aulas semipresenciais.

A reunião dos trabalhadores em educação ocorreu depois que o prefeito Marcelo Belitardo (DEM) e a Secretária de Educação e Cultura Regiane Chuaith Miranda publicarem no Diário Oficial do Município o Decreto 793.2021, que trata do “retorno às aulas de forma híbrida (presencial e não presencial) nas escolas públicas e privadas do município de Teixeira de Freitas”.

A decisão  foi tomada sem consultar a categoria dos profissionais em educação. Além disso, nos protocolos emitidos pela  secretária Regiane era defendido que o retorno ocorreria de forma escalonada, ou seja, inicialmente apenas 05 escolas que oferecem a modalidade  da Educação de Jovens e Adultos.  E essas passariam por reformas e adequações. Além disso, a diretoria da APLB - Sindicato defendia que todos os trabalhadores deveriam estar obrigatoriamente vacinados com a 2ª dose. 

Vídeo 1: No vídeo divulgado pela emissora SulBahiaNew em parceria com a TV Câmara com data de 22 de julho de 2021 a secretária Regiane Chuaith diz a sociedade que não tem a data exata para o retorno das aulas semipresenciais. Podemos notar que foram excluídos da reunião de retorno as partes mais interessadas. Entre elas, a APLB-Sindicato, como representantes dos professores, os coordenadores pedagógicos, os professores e até mesmo membros do Conselho Municipal de Educação. 

A visita nas escolas pela direção da APLB-Sindicato constatou que das 15 unidades apenas 4 tinham condições estruturais para funcionarem. Além disso, os trabalhadores em educação não estavam todos imunizados. Diante disso, foi comunicado da urgência do cumprimento dessas questões.  

Foto2: Resultado da assembleia virtual. A maioria dos professores (97,6%) decidiram que seja cumprido o Decreto de retorno as aulas semipresenciais quando os trabalhadores estiverem imunizados e as condições estruturais de biossegurança sejam cumpridas.

Foi diante do contexto acima que o prefeito de forma unilateral, ou seja, sem comunicar o sindicato dos professores e nem mesmo a categoria ou a comunidade teixeirense emitiu o retorno de todos os trabalhadores da rede.  

Na assembleia que ocorreu de forma virtual para cumprir os protocolos de segurança na quinta-feira (29/07) os professores votaram na seguinte proposta, você é a favor que os professores só cumpram o decreto quando estiverem imunizados e com as condições estruturais de biossegurança garantidas nas escolas?”. O resultado da votação expressiva foi de 97%,6% para continuar trabalhando remotamente contra 2,4% que aceitam o retorno no local de trabalho.    

“Não vamos aceitar que os principais responsáveis pela educação do Município de Teixeira de Freitas não sejam ouvidos. Os estudantes, a comunidade no entorno da escola, os professores, os auxiliares administrativos, os auxiliares de serviços gerais, os coordenadores, o sindicato são os que fazem a educação no chão da escola. Essa postura de impor o retorno sem estrutura e a 2ª dose da vacina é desrespeitosa com todos esses grupos e com toda uma categoria. Não paramos de trabalhar virtualmente, mas para fazer isso presencialmente é preciso que o governo cumpra a sua parte” - declarou a professora Brasília a nossa equipe de reportagem. 


segunda-feira, 26 de julho de 2021

APLB-Sindicato “tentativa de volta às aulas no Estado da Bahia foi um fracasso"

 “Eles combinaram de nos matar. E nós combinamos de não morrer.”
(Conceição Evaristo)
Foto 1: Diretora da APLB-Sindicato, professora Brasília Marques em visita ao Colégio Estadual Machado de Assis.


As aulas no Estado da Bahia na modalidade do Ensino Híbrido foram impostas pelo governador Rui Costa (PT) para retorno  em 26 de julho. Desde então, a Delegacia Extremo Sul  da APLB-Sindicato vem realizando uma série de ações em Teixeira de Freitas, visando a proteção dos trabalhadores e trabalhadoras em educação com a finalidade de assegurar a vida de toda comunidade escolar. 

Vídeo 1: Professora Brasília em entrevista trata do risco de morte em ambiente fechados. 

Na manhã de segunda-feira (26/07) os diretores André Almeida e Brasília Marques da APLB-Sindicato realizaram uma visita nas unidades escolares do Estado da Bahia,  que estão localizadas no município de Teixeira de Freitas, para verificar as condições do que vem sendo chamado de 2ª fase - Retorno Híbrido (semipresencial). Entre as unidades visitadas estão, Colégio Estadual Professor Rômulo Galvão (CEPROG), Colégio Estadual Democrático Ruy Barbosa, Colégio Estadual Henrique Brito e Centro Territorial de Educação Profissional do Extremo Sul - CETEPES. 

Foto 2: Diretores da APLB-Sindicato visitam o Colégio Estadual CEPROG

No geral, o retorno imposto pelo governador Rui Costa (PT), sem dialogar com os mais interessados, que são os pais/responsáveis, estudantes e os/as trabalhadores e trabalhadoras em educação não teve adesão. “O governador não aprendeu a lição de que vidas não se recuperam, mas conteúdos podem ser recuperados. E com essa atitude, de retorno sem diálogo, coloca em risco de morte os principais sujeitos que fazem a educação no chão da escola, ou seja, os trabalhadores, estudantes e seus familiares, por isso, esse retorno não teve sucesso.” - declarou a professora Brasília a nossa equipe de reportagem.

Mesmo com as ameaças por parte do governador Rui Costa (PT) e do Secretário de Educação Jerônimo Rodrigues de cortes de salário dos professores, coordenadores e a suspensão do pagamento dos benefícios como vale alimentação, mais estudo e o bolsa permanência dos/as alunos/as, ações essas, que os deixam mais vulneráveis economicamente. Os pais/responsáveis, alunos/as, coordenadores e professores, praticamente em sua totalidade, não retornaram para a escola na modalidade do Ensino Semipresencial (Híbrido). 

“Não estamos em greve! O que estamos orientando é a continuidade do Ensino Remoto Emergencial com o objetivo de assegurar a vida de todos da comunidade escolar com relação ao contágio pela COVID-19. Além disso, muito ao contrário do que o governador e o Secretário pulverizaram, de que o servidor  não pode trabalhar quando quer, os trabalhadores da educação continuam trabalhando remotamente e custeando a internet, energia elétrica, computadores, celulares, entre outros, sem uma contrapartida do governador e do secretário. Soma-se a isso, a carga excessiva de trabalho que está provocando graves consequências na saúde desses   profissionais” - defendeu a professora Brasília a nossa equipe de reportagem.     

 

CARTA DOS (AS) PROFESSORES (AS) DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AO POVO DE TEIXEIRA DE FREITAS

  CARTA DOS (AS) PROFESSORES (AS) DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AO POVO DE TEIXEIRA DE FREITAS   O prefeito Marcelo Belitardo (DEM...