Teixeira de Freitas, 12 de Setembro de 2020
Na imagem acima: Juvenal Etelvina (Partido Progressista - PP), faz indicação e pede adaptações nas escolas em prol do retorno as aulas em Teixeira de Freitas. Indicação de nº 332/2020. (Fonte: Sul Bahia News)
Aos
trabalhadores e trabalhadoras da rede Municipal da educação pública teixeirense: A APLB - Sindicato compreende que todos dentro da unidade escolar são vidas e não existe uma
que seja melhor ou que sobreponha as demais. Os professores, os coordenadores, os
diretores, todo pessoal de apoio, o administrativo e os estudantes são vidas imprescindíveis
que não podem ser substituídas. Assim, essa nota, não se dirige apenas aos que
encontram-se dentro do ambiente escolar, mas a todos que encontram-se
comprometidos com a educação pública de qualidade de nosso município, pois
mesmo crianças, adolescentes quando vão à escola podem contrair a Covid-19 e
levar para suas casas contaminando parcialmente sua família. Com isso, uma parte
dos membros dos familiares podem vir a óbito, e mesmo a criança ou adolescente.
Na China volta as aulas chocam o mundo, tendo em vista que crianças estavam com Equipamento de Proteção Individual - (EPI). Para especialistas Município de Teixeira de Freitas não apresenta condições de retorno de acordo com o protocolo de segurança.
Os pais/responsáveis lutam para ofertar
um presente e um futuro melhor para seus filhos, dentro das possibilidades que
lhes são (im)postas. Assim, compreendemos que não querem perder o seu maior bem
e mais precioso: a vida. Pedimos aos pais/responsáveis que não enviem seus entes
queridos para as unidades escolares nesse momento, pois ainda não temos vacina.
A bandeira da APLB-Sindicato foi e continua sendo: conteúdos se recuperam,
vidas não podem ser recuperadas.
Desde que a pandemia se instalou no Município,
a APLB-Sindicato, exigiu que além de manter o isolamento social, era
necessário dar condições para que esse fosse realizado de forma efetiva. Assim, dialogamos toda semana com os educadores, por meio de vídeo chamadas, para que
os quase 24 mil alunos tenham acesso aos conteúdos programáticos. Além de
disponibilizar esses via redes sociais, também cobramos das autoridades
competentes que disponibilizassem materiais impressos com as atividades para
aqueles que não tem acesso à internet. Comprovando assim, o compromisso dos
educadores com os estudantes da rede pública municipal.
Outra questão é que, o protocolo de
retorno já está sendo discutido de forma ampla e levando no seu corpo o parecer
do Conselho Nacional de Educação, o Conselho Estadual de Educação e o Conselho
Municipal de Educação e as bases legais. Juntam-se a esses as orientações da Mundial da Saúde, e os profissionais da área que estudam pandemias. Leva em conta também às Leis, pois sempre consultamos o departamento
jurídico para que não se coloque a vida de todos os envolvidos em risco com o retorno.
Uma atitude isolada de retorno ou de
criação de protocolos para retorno, não será aceita pela categoria, por entender
que não leva em conta nenhum dos órgãos competentes pelo cuidado com a
vida. Além do mais, ignora que apenas com álcool em gel e máscaras não podemos
conter um vírus entre crianças e adolescentes, conforme já foi comprovado em
outros Estados que tentaram realizar o retorno e o resultado foi que a doença, tendencialmente, se espalhou rapidamente.
O Conselho Municipal de Educação (CME), a APLB-Sindicato, a Secretaria Municipal de Educação vem mantendo
diálogo para encontrar caminhos e formas de garantir que os estudantes recuperem o ano letivo. Tanto o Conselho Municipal de Educação quanto a
APLB-Sindicato defendem que o ano letivo pode ser recuperado, mas as vidas humanas
não se recuperam.
Encontra-se
nesse bojo a (im)postura do égide Juvenal Etelvina (PP) que pede adaptações nas
Escolas Vila Vargas, São Lourenço, Clélia das Graças F. Pinto, Conto de Fadas,
e João Mendonça. O presente vereador não participou de nenhum dos diálogos
realizados pela APLB-Sindicato com órgãos competentes e que foram citados no
presente documento. Não aceitamos e nem aceitaremos posições unilaterais sem
que a comunidade seja escutada e os trabalhadores em educação - que estão na
linha de frente – sejam ouvidos.
Em suma, outra questão que corrobora
com a presente postura da APLB-Sindicato é que, mesmo que os números de mortes
tenham diminuído ou estabilizados em grande parte dos Estados brasileiros, em
Teixeira de Freitas, vem ocorrendo o contrário, os óbitos e os casos ainda
continuam aumentando. Graças ao pioneirismo da entidade sindical, a tragédia não
é maior, pois solicitamos o imediato fechamento das unidades escolares.
APLB - Sindicato
Delegacia Extremo Sul
Direção da APLB Sindicato
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