segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Retorno das aulas denunciam descaso e abandono da Rede Pública Municipal de Educação: Pais dormem em fila para garantir vaga nas escolas.

“Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade.” (George Orwell)


Na tarde de domingo (26/01), tivemos uma mudança de tempo de forma repentina. De uma manhã ensolarada, passamos para chuvas que se estenderam durante a tarde. Mesmo assim, os pais/mães e responsáveis já estavam aguardando por uma vaga na EMEI - Gelson Oliveira Costa localizada no Colina Verde. A unidade atende aproximadamente 200 crianças e funciona no período matutino e vespertino. Segundo depoimento de moradores do bairro, aqueles que estavam aguardando por uma vaga na segunda-feira (27/01), amargaram virar a noite sentados em uma cadeira do lado de fora, tendo apenas uma lona sobre suas cabeças para suportar o frio, a chuva e a possibilidade de serem assaltados.


A realidade da Escola Municipal de Educação Infantil, Gelson Oliveira Costa, não é diferente das demais unidades. No ano passado (2019) foram diagnósticadas na rede reclamações diversas. Entre elas estão, a estrutura de algumas unidades não estavam adequadas para receber os/as alunos/as, a quantidade da merenda aquém para atender a quantidade de estudantes, as bibliotecas continuam fechadas e em muitas unidas   inexistentes, sem contar com o número de crianças excessivo em algumas unidades que não dava para colocar uma mesa para o/a professor/a e a ajudante de sala sentarem para orientar e tirar as possíveis dúvidas das crianças. 















Não é apenas nas questões de ordem estrutural que as unidades estão passando por problemas. Recentemente o prefeito Temóteo Alves de Brito (PP), por meio de projeto de Lei nº 24 e 25 (2019), fez alterações no quadro de funcionários públicos, trocando, diretores, vice-diretores e secretários de várias escolas. Como uma parcela deles, não são oriundos da rede, desconhecem a realidade do funcionamento das unidades em que estão sendo lotados, o resultado é desinformação e falta de orientação à comunidade a respeito de questões inerentes ao funcionamento das escolas.

Outra questão que vem se arrastando na administração do atual gestor é a reposição salarial. Em tabela disponibilizada para nossa equipe de reportagem os/as professores/as já acumulam uma perda salarial de 20, 42% se acrescentada a previsão de reposição de 12, 84% prevista para esse ano. Mesmo com problemas que não cabem em inúmeras reportagens, o prefeito anunciou que pretende asfaltar 340 ruas até o fim de seu mandato. Para os trabalhadores/as em educação é mais uma tentativa de pavimentar a reeleição tentando passar asfalto na memória do povo teixeirense condenando os/as servidores/as da educação a amargar a desvalorização da profissão e o ao achatamento salarial. O que deve ser repudiado por aqueles que acreditam na frase de Nelson Mandela:
"A educação e a arma mais poderosa para mudar o mundo"


CARTA DOS (AS) PROFESSORES (AS) DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AO POVO DE TEIXEIRA DE FREITAS

  CARTA DOS (AS) PROFESSORES (AS) DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AO POVO DE TEIXEIRA DE FREITAS   O prefeito Marcelo Belitardo (DEM...