segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Nota sobre reportagem: Escola José Correia sofre de abandono, mas consta como reformada

Por André Almeida
“Compreendemos que todo jornalismo erra, mas só os comprometidos com a verdade corrigem seu erro”
Foto 1: Na imagem acima o autor tece uma crítica as notícias e comentários que muitas vezes são espalhadas na internet e que são Fake News. Imagem ilustrativa arquivo de internet.
        
         Na manhã de sábado (03/08), a equipe de reportagem e o departamento jurídico da APLB – Sindicato tiveram acesso ao comentário de uma leitora sobre a reportagem publicada no blog da APLB na tarde de sexta-feira (02/08), com o título, Escola José Correia sofre de abandono  (Link da reportagem: APLB - Reportagem: Escola José Felix Correia sofre de abandono, mas consta na lista do site oficial da PMTF como reformada) trazia informações falsas, ou seja, Fake News. Segundo os questionamentos, as imagens que foram utilizadas na reportagem não eram da unidade. Além disso, algumas informações não condizem com a realidade do prédio. APLB-Sindicato é veemente contra Fake News e a presente nota vai mais uma vez comprovar isso.
Vídeo 1: Reportagem do Fantástico trata de Fake News na Internet.

1.                    O tema central da reportagem não são as fotos. Prova disso é que o texto se inicia descrevendo que foi realizado uma análise dos documentos. Queremos saber os motivos que mesmo diante dos ofícios e parecer descritivos, muitos dos problemas persistem sem uma resolução. Dessa forma, como as condições da escola se encontram em tal estado, se no site da PMTF ela aparece reformada? Esse é o problema que a notícia aborda. E do qual não podemos mudar o foco. Considerando que o atual Secretário de Educação e Cultura, Hermon Freitas, mantém publicado que a unidade escolar passou por melhorias, sendo que,  a realidade não condiz com o que se encontra divulgado, é preciso informar a comunidade teixeirense e dar a oportunidade ao secretário para se defender esclarecendo os motivos que fazem com ele mantenha a informação publicada no site oficial da PMTF. 
Vídeo: Campanha contra fake news é laçada no Senado.
2.                    Na análise do comentário que foi enviado a nossa equipe de reportagem temos o seguinte trecho: “Está foto que aparece não é da nossa escola”. A imagem não é realmente da unidade escolar. Entretanto, uma leitura mais atenta demonstra que abaixo da foto está escrito: “Imagem 3: ilustração de desabamento de um forro” (...) e logo em seguida temos, “imagem ilustrativa”. Com isso, queremos demonstrar que no próprio corpo do texto avisamos ao leitor que a foto é apenas para demonstrar o que é um forro e as possíveis gravidades de seu desabamento. A seguir descrevemos a gravidade desse tipo de acidente que dependendo da sua intensidade pode provocar vítimas entre os estudantes da escola.
vídeo2: Pós-verdade, fake News e fake ethics - Luis Mauro Sá Martino (fonte: Casa do Saber)

3.                    No corpo da reportagem aparece também (imagem: 6), uma sala de aula vazia tendo apenas duas cadeiras sendo que uma aparece com uma mesa, mas sem ninguém  sentado nelas. Essa foto também não é da unidade escolar, mas na legenda temos o seguinte texto: “foto ilustrativa/arquivo de internet e seu autor é desconhecido. No próprio arquivo temos a resposta, que a imagem foi usada apenas para passar a sensação de abandono e vazio da educação pública municipal, porém, ela é um arquivo de internet que está sendo utilizado para fins ilustrativos e que seu autor é desconhecido. Não resta dúvida que a imagem 3 e a imagem 6 são utilizas com as mesma finalidade.  
4.                    Em outra parte a leitora que comenta a matéria descreve “que horror saibam falar a verdade” e defende que  se trata de uma “reportagens fake”[1], concluindo que essa prática são “requisitos da antiga política”. Nesse trecho não compreendemos o que seria a velha política. O que vamos descrever aqui é uma das interpretações possíveis. A equipe de reportagem da APLB compreende que, a pessoa que expressou o comentário, descreve que a postura de mentir em reportagens é algo vinculado a uma prática da velha política. Nesse sentido, já informamos o/a leitor/a que as imagens cumprem uma função de tentar demonstrar a nossos leitores a dimensão do que vem passando os profissionais da instituição.
 Foto 4: Imagem ilustrativa arquivo de internet.


5.                    Por que não utilizar fotos da própria unidade para a presente reportagem? As imagens anexadas ao ofício estudado estão em preto e branco e foram “xerocopiadas”. Isso torna os arquivos praticamente ilegíveis. Mesmo assim, nossa equipe de reportagem entrou em contato com a direção da unidade para que ela enviasse os arquivos antes que postássemos a reportagem no blog. Em resposta aos pedidos a gestora emitiu a seguinte nota:

“Não encontrei o arquivo das fotos, como o computador foi formatado, perderam-se muitos arquivos. Então, é possível que o arquivo das fotos também tenha se perdido" (sic).
 
Nossa preocupação é que as questões levantadas, iguais ou próximas a essas, venham mudar o objetivo das matérias que tem como finalidade o acompanhamento das condições de trabalho dos/das trabalhadore/as da rede pública municipal.  Sabemos que as condições de trabalho das unidades interferem de forma significativa, tanto para a melhoria do processo ensino-aprendizagem quanto para que ocorra o fracasso escolar. Dessa forma, se uma unidade aparece no site da PMTF como reformada, mas se esta reforma não foi realizada, cabe ao sindicato ser um fiscalizador buscando esclarecer a população teixeirense os reais motivos dessa ação não ter se concretizado.  
Portanto, pedimos que ao efetuar a leitura tomem cuidado com o que se encontra dentro ou fora das aspas. Além do mais, não se esqueçam das legendas que se encontram presentes em cada texto e que acompanham as imagens. Nossa equipe de reportagem e toda a direção da APLB-Sindicato, reforça que é contra a Fake News, e coloca no tecido da reportagem os documentos “escaneados” para mostrar a veracidade dos acontecimentos. Uma leitura rápida ou desatenta pode distorcer a função que os documentos expostos ocupam no corpo da matéria e mudar até mesmo a “meta” de uma reportagem. Não negamos ou tentamos negar com essa nota que em algum momento podemos errar. Caso isso venha a acontecer, "compreendemos que todo jornalismo erra, mas só os comprometidos com a verdade corrigem seu erro", o que não foi o caso da presente reportagem que tem sua base de veracidade nas fontes que se encontram em anexo ao conteúdo da matéria.
A direção da APLB-Sindicato segue fiscalizando e lutando por melhorias nas condições de trabalho e por uma educação pública e de qualidade.   



[1] O advérbio latino sic é inserido após um termo ou expressão para indicar que uma citação foi transcrita exatamente como encontrada no texto de origem, incluindo erros gramaticais ou ortográficos.


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