Por André Almeida
Fotos 1, 2, 3 e 4: Estudantes da Rede Pública Municipal são recebidos no primeiro dia depois da greve (14/06) com biscoito e suco de merenda. APLB-Sindica fez várias denúncias durante a greve sobre a qualidade da merenda ofertada aos alunos (as). Conforme podemos ver acima, problemas continuam.
Prefeito
Temóteo Brito (PSD) e Secretário de Educação e Cultura Hermon Freitas não
sentam para dialogar com os professores sobre as condições de trabalho e nem
reposição do Piso Nacional Salarial dos profissionais da Rede Pública Municipal
de Educação, de 7,58%, mas greve é encerrada depois que os profissionais foram
notificados pelo Tribunal de Justiça.
Vídeo 1: Questões na educação se arrastam desde início da gestão do atual prefeito Brito e do Secretário de Educação e Cultura Hermon Freitas. Problemas na qualidade da merenda, falta de água, não existência de ventiladores, bebedouros quebrados e questões vinculadas a infraestrutura. (Crédito: BA- TV - edição do dia 21 de Março/2019)
Os
professores da Rede Pública Municipal de Ensino de Teixeira de Freitas
receberam a notificação da ilegalidade da greve decretada pelo TJ. Os profissionais foram notificados na Câmara Municipal, local em que estavam ocupando desde que suspenderam suas atividades. A paralisação se iniciou em 28/05 e acabou culminando em uma
greve após a aprovação em assembleia (04/06). Esse estado teve fim com o parecer emitido pelo Tribunal de Justiça da
Bahia (TJ-BA/13/06) declarando a “ilegalidade da greve”. O documento tem como
um dos pontos a “cessação imediata do movimento”, (...), “sob pena de pagamento
diária de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a ser suportada” pela APLB – Sindicato.
Fotos 5, 6, 7 e 8: Depois de divulgação
nas redes sociais de seus salários educadores mandam recado para prefeito e
secretário: “Nosso Plano de Carreira é fruto das ocupações que foram feitas nas
ruas de Teixeira de Freitas e muitas noites em que ocupamos a Câmara Municipal
de Vereadores. Nossos direitos não foram doações de nenhum prefeito e muito
menos de algum secretário de educação”. Nas fotos acima, educadores acordam
depois de mais um dia de ocupação da Câmara de Vereadores.
“Desde que o
movimento se iniciou tivemos nossos salários divulgados nas redes sociais e
cortados. Além disso, foram feitas chamadas por cartas e vídeos nas redes
sociais para que os profissionais retornem as suas atividades, mas o principal
eles não fizeram, tentar um diálogo com a categoria. Diante disso, queremos
deixar registrado aqui que os professores/as não têm medo de dizer quanto
ganham a comunidade. Esses dados são facilmente acessados no Tribunal de Contas
do Município – TCM. Queremos que a administração pública seja transparente em
seus atos conforme estabelecido em lei. Esse salário não é fruto de uma doação
do prefeito atual ou anteriores a categoria. Ele é o resultado de uma história
de luta e enfrentamentos que fizemos com a administração pública por melhores
condições de vida dentro e fora das escolas municipais. Não podemos ter medo ou
nos envergonhar, afinal somos nós que ocupamos os espaços e chegamos a dormir
várias noites seguidas fora de casa. Também é a categoria quem conseguiu graças
a luta aprovar um dos melhores Planos de Carreira da Rede Pública Municipal da
história desde a emancipação do nosso município. Portanto, sempre que tivemos reposição ela
está relacionada a ocupação das ruas” – declarou o professor André
Almeida.
A APLB –
Sindicato junto com os professores(as) da Rede Pública Municipal de Ensino não
mediram esforços nessa greve para alcançar seus objetivos. Dormiram na câmara,
fizeram panfletagem, emitiram carta para a comunidade, mostraram que sua pauta
não era apenas salarial.
Documento 1: Enquanto recebe alunos (as), com biscoito com suco, histórico da PMTF demonstra que quase meio milhão foi aprovado para ofertar merenda de qualidade. (Fonte: TCM - Tribunal de Contas do Município).
Documento 2: Na descrição postada no site do TCM temos a solicitação para aquisição de material alimentício no valor de quase meio milhão para ofertar pão e biscoito aos estudantes.
Documento 3: Merenda se resume a pão e leite. Nada de novo embaixo do sol!
Documento 1: Enquanto recebe alunos (as), com biscoito com suco, histórico da PMTF demonstra que quase meio milhão foi aprovado para ofertar merenda de qualidade. (Fonte: TCM - Tribunal de Contas do Município).
Documento 2: Na descrição postada no site do TCM temos a solicitação para aquisição de material alimentício no valor de quase meio milhão para ofertar pão e biscoito aos estudantes.
Documento 3: Merenda se resume a pão e leite. Nada de novo embaixo do sol!
O histórico do reajuste da categoria com base no Piso Salarial
do Magistério, confirma que a APLB – Sindicato teve reposições que estão
relacionadas com paralisações, greves e diálogos com a administração pública.
Basta lembrar que em 2015 a conquista de reajuste foi de 13,01%. No ano de 2016
a reposição se deu pelo valor de 11,36%. “Reparem que devido à crise tivemos
ano após anos uma diminuição. Mesmo assim, tivemos que ocupar as ruas para
adquirir nossos direitos. O que temos de novidade nesse processo é o corte que
o prefeito realizou em nosso salário de 4 dias e uma liminar do TJ sem que o
gestor ou o secretário nos receba. Fazer vídeo nas redes sociais é fácil.
Queremos mesmo é que ambos sentem com a categoria” – declarou a professora
Brasília a nossa equipe de reportagem.
Foto 9: Estudantes da Rede Pública Municipal se fazem presentes durante assembleia dos professores da Rede Pública Municipal. Podemos ler na faixa: "queremos merenda de qualidade!"
Foto 9: Estudantes da Rede Pública Municipal se fazem presentes durante assembleia dos professores da Rede Pública Municipal. Podemos ler na faixa: "queremos merenda de qualidade!"
“Temóteo Brito
(PSD), venceu a batalha, mas não a guerra. Ele ainda não conseguiu mensurar o
desgaste da greve para o seu governo. Estão recebendo uma vitória de Pirro, ou
seja, as perdas para o prefeito e o Secretário são vistas pela comunidade como
irreparáveis. Basta lembrar que estamos voltando por ordem judicial e algumas
questões ainda se encontram em aberto. Com essa greve vários problemas ganharam
a visibilidade do grande público teixeirense e foram divulgadas por diferentes
órgãos da mídia. Entre elas o problema da qualidade da merenda, a falta de
segurança nas escolas, ausência de bebedouros e ventiladores, a falta de
diálogo com a categoria. Além do mais, outros movimentos sociais, sindicais,
jornalistas e comunidade em geral estão nos dando os parabéns pela luta que
travamos e pela coragem que tivemos” – relatou a professora Brasilia Marques a
nossa equipe de reportagem.
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