Por André Almeida
Vídeo 1: Secretário de Educação e Cultura Hermon Freitas aparece em vídeo solicitando que a categoria volte as aulas. Em nenhum momento cita as condições das escolas municipais e nem esclarece os motivos do corte no salário de 4 dias de paralisação. Caso continue cortando prefeito vai entrar na ilegalidade que solicita 800 horas e 200 dias letivos. Como cortou pagamento os professores não precisam repor as aulas.
Desde o início
da paralisação (28), os professores da rede Municipal de Teixeira de Freitas
tem realizado uma série de atividades que fizeram com que os meios de
comunicação, a comunidade, os comerciantes, os políticos entre outros
seguimentos declarem apoio a manifestação. A paralisação culminou em greve e a
credibilidade do prefeito Timóteo Brito (PSD) vem despencando rapidamente.
Tentando solucionar o problema foi dado ao Secretário de Educação e Cultura Hermon Freitas “carta branca” para resolver o
conflito tendo em vista que o gestor almeja a reeleição. Mas o secretário
Freitas não resolveu. Muito pelo contrário, acabou colocando o gestor
na ilegalidade. Isso se deu pelo fato de Hermon Freitas descontar em folha 4
dias correspondentes a paralisação dos professores sem tentar um diálogo, pois a Lei Federal determina que são obrigatórios 800 horas com
200 dias letivos. Caso o Secretário continue descontando não haverá necessidade
de reposição. O que pode colocar o prefeito na ilegalidade.
Vídeo 2: Vereador Marcílio (PT), tentando uma aproximação com o
prefeito defende que seja revisto o Plano de Carreira do Magistério. Não é a primeira vez que ataca os educadores. Veja reportagem em que pede para mexer no Plano de Carreira pelo link: VEREADOR MARCÍLIO TENTA RASGAR O ESTATUTO DO MAGISTÉRIO E O PLANO DE CARREIRA DANDO COMO PROPOSTA A RETIRADA DE DIREITOS DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO QUE FORAM CONQUISTADOS COM MUITA LUTA!
“Se o Secretário
Hermon Freitas fizesse uso da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – 9394/96,
iria compreender que descontando não vamos precisar repor. E se a gente não
repõe as aulas não fecham. Com isso, o Município deixa de cumprir com os dias
letivos determinados na LDB 9394/96. Com sua atitude truculenta e com sua falta
de conhecimento o Secretário de Educação e Cultura está conduzindo o prefeito
para a ilegalidade” - declarou André Almeida a nossa equipe de reportagem.
Foto 1: Professores postam carta aberta a comunidade teixerense.
No documento podemos ler que a preocupação também é com a merenda escolar,
infraestrutura das escolas, materiais didáticos, laboratórios de informática,
bibliotecas, transporte escolar, formação para os professores, guarda nos
portões e com a reposição dos 3,41% (2018) e 4,17% (2019).
Outro fato que chegou até a nossa equipe de reportagem foi a
forma como o Secretário vem ameaçando diretores da escola a fazerem um vídeo em
apoio caso queiram receber os dias descontados. Uma das vítimas das ameaças -
que com medo de sofrer perseguição pediu para manter sigilo de sua identidade -
declarou que o Secretário Freitas, solicitou que eles fizessem um vídeo em seu
celular para chamar a categoria a retornar para as aulas.
Vídeo 3: Professora Brasília Marques manda recado ao Secretário
Hermon Freitas, pelo corte no salário e pela falta de diálogo com a categoria. Pela primeira vez professores (as), da rede pública Municipal tem seus salários cortados, após iniciarem uma paralisação.
Na contramão, já
foram emitidos pelo Secretário vídeos, notas sobre a greve, "carta", corte de salário, enfim uma série de
material e posturas para tentar desmobilizar os profissionais da educação Municipal. O
problema é que esse conteúdo não esta sendo bem visto nem por aqueles que são
da base aliada do prefeito. Uma pequena parcela chega a ficar preocupada com a
péssima repercussão e como isso vai ser cobrado na urna pela população. Alguns
trabalhadores já dizem estarem arrependidos do voto de confiança que deram no
atual prefeito.
Vídeo 4: Categoria demonstra força, resistência e união
mesmo com cortes de salário. Comunidade diz não concordar com a postura do
prefeito Brito e do Secretário Freitas.
“Os professores
estão dando uma lição para o Secretário Hermon Freitas. Ele precisa falar da qualidade da merenda que o gestor tem oferecido aos alunos (as). Além disso, que as escolas em sua
grande maioria não tem bebedouro e algumas que tem eles se encontram quebrados.
Precisamos lembrar que muitas unidades não tem carteira e nem cadeira para que
os estudantes, possam se sentar. Não são poucos os problemas que temos na
educação. Diante disso, só resta tentar forçar por meio de uma repressão que seja feito um vídeo. Isso
é uma vergonha para ele enquanto gestor da pasta de Educação e Cultura. Os
professores seguem mais unidos do que nunca. E querendo ou não, eles vão ter
que aprender a lição de dialogar com a categoria” – declarou a professora
Brasília a nossa equipe de reportagem.
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